- Gente, deixa eu fazer as apresentações. Essa aqui é a Amanda, estudamos junto em um curso do SENAC. Amanda, esses são meus amigos, Felipe, Raffa, Carol, Thalles Jefferson e Pietro. E essa e minha namorada Isabela.
- Linda ela, tudo bom?
Depois dos cumprimentos abraços e beijinhos com todos, Amanda apresenta o namorado dela.
- Gente, esse é o Douglas, meu namorado.
Douglas cumprimentou todos nós e ficamos conversando. Ficamos bastante tempo ali conversando e a balada começava a animar mais ainda

Após desligar o meu PC, fui tomar meu banho. Enrolei uns quarenta minutos e fui me arrumar. Coloquei uma calça jeans escura, o uniforme da escola, um cinza escuro horrível, mas fazer o que né? Coloquei meu tênis. Fui até o banheiro e demorei uns cinco minutos arrumando meu cabelo. Voltei para o quarto, peguei a minha mochila, tomei um banho do meu perfume favorito, e desci para tomar café.
Na cozinha, estavam meu pai e o Felipe me esperando para ir ao colégio. Embora o banho tenha me ajudado a espantar um pouco o sono, dava pra ver em meu rosto que eu não tinha dormido nada aquela noite.
- você ta bem, filho? Não dormiu à noite?
- bem pouco, pai – disse bocejando e servindo um copo de suco.
- e por que não dormiu? – insistiu meu pai no assunto
- não sei, só sei que não consegui dormir. – encerrei o assunto.
Eu tomava meu suco e explicava ao Felipe sobre a aula de história que teríamos aquele dia e sobre o trabalho que teríamos que fazer pra entregar antes do feriado. Terminei de tomar e chamei meu pai para irmos. O caminho todo, meu pai me dizia que pretendia viajar pra Dourados novamente no feriado e me perguntou se eu ia. Eu me neguei a ir, mas não consegui dizer a ele que pretendia ir para Bonito. Chegamos ao colégio, sugeri ir à sala, mas Felipe pediu para eu acompanhá-lo até a lanchonete.

- ainda ta com fome?
- não, vou comprar um Trident. Aproveito para conversar contigo.
- sobre o que?
- por que você não dormiu essa noite?
- não sei Lipe, talvez sem sono. Passei a noite inteira rolando na cama. – eu não podia dizer a ele que tinha criado um perfil fake no Orkut com o nome dele e freqüentava comunidades gays. Embora eu tenha achado super legal e interessante o conto e muito gostoso de ler. Sei que ele não entenderia e morreria de ciúmes. Achei melhor ocultar.

- você ainda não contou pro seu pai sobre a viagem?
- ainda não. To esperando a minha mãe chegar. Ela me ajuda a convencer ele a deixar eu ir e vou pedir pra ela emprestar o carro dela, já que os dois vão no carro do meu pai. Agora o problema, quem vai dirigindo?
- o irmão do Jefferson tem carteira e disse que vai. Só precisamos achar mais uma pessoa com carteira.
- não vejo a hora de tirar a minha logo. Vou ver se arrumo alguém pra ir dirigindo pra nós.
-Beleza, mudando de assunto. Ontem eu fiz aquilo que você falou, Thalles.
- fez o que?
- ta lento hoje, heim, amor? O lance do carro da minha mãe.
- entendi. Amanhã elas chegam.
- essa é a minha preocupação.
- se preocupa não, eu vou ta com você amanhã. Não vou te abandonar amor.

O sinal tocou e fomos para a sala, encontramos o Vinicius no corredor e fomos conversando até a sala. Chegando lá vi que o Jefferson saiu da sua mesa e passou por mim meio triste e a Carol não estava com uma cara muito boa. Deixei o Felipe cumprimentando o resto do pessoal e fui atrás do Jefferson. No caminho eu trompei com o professor, mas dei a desculpa que ia rápido até a secretaria e ele fingiu que acreditou. Desci ate o pátio e encontrei o Jefferson sentado em um canto afastado.
- o que aconteceu, amigo?
- eu e a Carol brigamos.
- brigaram por que?
- Ela ta me acusando de trair ela. O pior, mano, que eu juro que não fiz nada. Ela me liga de madrugada, meu telefone da desligado e eu sou culpado. Ela já fica com paranóia na cabeça e acha que eu ando traindo ela.

- mas por que vocês não conversam direito?
- diz isso pra ela. Mas vou te falar a verdade, amigo. Eu não gosto mais dela como antes. Quero terminar com ela, só não sei como.
- conversa com ela primeiro. Não acaba assim por problemas pequenos. Aproveita essa viagem no feriado e tenta fazer uma lua de mel.

- será que isso realmente vai compensar? Ou só vai prorrogar o inevitável?
- nunca saberá se não tentar.
- vou tentar, Thalles. Obrigado por ficar aqui comigo.
- somos amigos. Amigos também são pra esses momentos.
Ficamos ali conversando até dar o sinal da segunda aula. Entramos na sala sobre o olhar reprovador e maligno do professor.
- já que os dois chegaram atrasados, formem uma dupla pra fazer esse trabalho. Do fundo eu via o Felipe, o Raffa e o Vinicius rindo muito da minha cara e do Jefferson levando bronca do professor. Felipe e o Raffa estavam fazendo o trabalho juntos, Vinicius e outro colega de classe faziam juntos e as gêmeas formavam outra dupla.
Do resto a aula foi normal. Os últimos tempos, na aula de inglês eu abaixei a minha cabeça e dormi. Acordei com o Felipe me chamando para ir embora.
Após o almoço, eu estava com muito sono e tirei a tarde pra dormir e descansar. Acordei às 17h00min. Arrumei meu quarto e fiz um pedaço do meu trabalho de história. As 19h00min eu tomei um banho e depois desci pra jantar com meu pai. Quando cheguei à cozinha, vi ele com um monte de papelada sobre a mesa e uma calculadora na mão.

- ta difícil ai?
- complicado, filho. O dinheiro vai dar pra pagar as contas, mas também não vai sobrar muita coisa. Sorte é sua mãe ter a loja lá e vai nos ajudar esse mês. A propósito, ela ligou agora pouco, disse que chega amanhã mais ou menos às dez da manhã.
- legal. Eu vou amanhã cedo à casa do Lipe, terminar um trabalho. Encontro ela lá.

Jantamos normal, meu pai foi pra sala assistir TV e eu fui pro meu quarto. Lá eu coloquei musica e entrei no MSN e comecei a conversar com a Isah, o Jefferson, o Vinicius, o Felipe e um primo meu. Depois de horas conversando resolvi sair do MSN, pois eu ainda queria terminar de ler o conto – PRIMO DO LIPPE. Troquei de musicas, pois estava escutando o mesmo CD faz horas e entrei no meu Orkut fake. Antes de entrar na comu, eu vi que o Lippe, o Caio e o Raffa haviam aceitado o meu pedido de amizade, o que me deixou muito feliz. Terminei de ler os dois capítulos que faltavam da historia e depois resolvi ir dormir.
No outro dia, acordei às nove da manhã. Tomei um banho, me arrumei e desci para tomar café. A Maria estava lavando roupa, eu servi meu suco, peguei dois pães de queijo e fui em direção à área de serviço para cumprimentar a Maria. Parei na porta, comecei a tomar meu suco e comer. Ela tava trabalhando e cantando uma musica de Jorge e Mateus, quando ela notou a minha presença, levou um susto.

- que isso, menino? Quer me matar de susto?
- calma. Só queria ver você terminar de cantar. Canta muito bem.
- sei, sei, para com isso. Vai com seus pais pra Dourados no feriado?
-vou não, Maria, to querendo ir pra bonito. Mas to com problema, preciso de alguém com CNH pra ir dirigindo pra nós.
- O Thiago tem.
- tem? Maria, eu nunca perguntei, quantos anos o Thiago tem?
- tem 19.
- Caracas, e eu que achava que ele tinha uns 16 ou 17 anos. Será que ele pode ir com a gente, então?
- perai, vou ligar pra ele. – Maria ligou para o Thiago e depois de uma breve conversa ela desliga. – ele gostou da idéia, diz que vai sim.
- oba, vou avisar o pessoal então. Que legal que o Thiago vai, tava pensando em chamar ele mesmo.
Ficamos ali conversando um pouco e depois resolvi descer para casa do Felipe. Queria estar do lado dele quando a mãe dele chegar. Cheguei à casa do Felipe e o Lucas foi quem veio abrir o portão, sua recepção foi extremamente fria e mal humorada.
- entra! – disse ele grossamente.
Sem dizer nada, apenas entrei sem olhar para ele. A raiva que eu sentia por ele era enorme. Ao entrarmos na sala, Lucas gritou para o Felipe.
- Felipe, seu viadinho chegou.

Aquela frase me deixou com mais ódio ainda dele, minha vontade era de partir para porrada, mas eu sabia que aquilo só iria piorar a situação.
- Lucas, por que você me odeia tanto? O que eu te fiz?
- eu não te odeio. Eu só... eu apenas... – seu tom mudou novamente para raiva – eu apenas não gosto de viadinhos. – Lucas virou a cara e ia indo em direção ao seu quarto quando Felipe o interrompeu.
- porra, mano, já te pedi mais respeito.
- vão se fuder, bando de gayzinhos.
Lucas saiu correndo em direção ao seu quarto.
Ficamos ali na sala fazendo o nosso trabalho. Pouco tempo depois escutamos a Laura chegar e fomos recepcioná-la no portão. Felipe estava mudo, evidente por causa do medo que estava de dizer pra mãe que havia batido o carro. Ao vê-lo assim triste por ter que assumir culpa de algo que não fez, só me deixava com mais raiva ainda do Lucas.
- olá, Thalles, sua mãe me deixou aqui e já foi pra casa. Oie meu filho, como passou a semana? – disse Laura assim que nos viu.
- oi Laura, como foi a viagem? – tentei fugir um pouco da situação.
- foi bem querido, mas to muito cansada.
- imagino, viagens são muitos cansativas mesmo Laura. Agora é só deitar e relaxar né.
- Bem que eu queria, mas não vai dar. Eu vou tomar um banho, comer alguma coisa e ir direto pra loja. Filho o carro ta com gasolina?
Nessa hora, Felipe começou a tremer.
- mãe, eu, eu – ele começou a gaguejar.
- o que foi filho? Por que você ta quieto? O que você andou aprontando?
- eu bati o carro.
- você o que? – Laura disse espantada.
Eu vi que o Felipe não conseguia mais dizer nada e resolvi me intrometer.
- a culpa foi minha Laura. O Felipe pediu pra eu cuidar para não bater na arvore da frente da casa enquanto ele tirava o carro pra fora, eu me distrai com meu celular tocando e ele acabou batendo na arvore.

- e por que vocês estavam tirando o carro pra fora?
- a Renata não veio trabalhar mãe, e nós fomos limpar a casa e lavar a área e a garagem.
- ta na hora de cortar aquela arvore mesmo. Depois eu aciono o seguro e vamos ver o que eu faço. Mas vocês têm que tomar mais cuidado meninos, vocês são muito distraídos. Mais tarde conversamos sobre isso Felipe, agora vou pro meu banho. Thalles, avisa a sua mãe que eu vou de carona com ela então depois do almoço.
- tudo bem, Laura.
A Laura foi pro quarto dela visivelmente chateada, para a nossa tristeza e para a alegria do Lucas, que descia as escadas com um largo sorriso sínico no rosto, depois de abraçar e beijar a mãe no rosto.
- nossa, por que essa cara de enterro? Parece que vocês levaram bronca de alguém. – disse Lucas sarcástico.
- vai se fuder, Lucas. – gritou Felipe.
- Felipe, o que é isso? Por que você ta xingando seu irmão? – perguntou Laura mais brava ainda de cima das escadas.
- por que ele se intromete onde não deve, mãe. Eu e o Thalles estamos saindo. Tchau.
Sem esperar resposta nenhuma da Laura, Felipe já foi me arrastando pra fora de casa.
- aonde vamos, Lipe?
- qualquer lugar que não seja aqui em casa. Com a raiva que eu to, juro que de hoje não escapa uma surra no Lucas.
- vamos pra minha casa então.

Chegamos em casa, cumprimentei a minha mãe e fomos para o meu quarto. Lá ele desabou na minha cama. Tranquei o meu quarto, liguei o PC e coloquei algumas músicas. Deitei ao seu lado e comecei a beijá-lo. Nossos beijos a cada dia só melhoravam, e suas mãos cada vez mais conheciam todo o meu corpo. No começo eu fiquei com receio de tentar algo a mais, mas o tesão começou a ficar maior que o medo, quando percebi, eu já tinha tirado toda a minha roupa e estava tirando a camisa do Felipe e beijando todo o seu abdômen. Felipe estava adorando muito, eu lentamente ia abrindo o zíper da sua calça deixando a sua cueca boxer azul escura com listras brancas a mostra. De leve eu mordiscava seu pau por cima da cueca, arrancando dele leves suspiros. Sem demorar muito tirei a sua cueca e comecei a chupar seu pau lentamente. Em poucos minutos acelerei o passo para minha mãe não nos pegar no flagra. Minutos depois senti que ele iria gozar, rapidamente tirei a minha boca e peguei a minha cueca que eu tinha tirado e limpei o seu pau que começava a gozar.
- nuss Thalles, foi maravilhoso.
- eu também gostei, Lipe. Deitei ao seu lado e dei vários selinhos nele. – vi que o Felipe ia se levantando. – aonde você vai?
- lugar nenhum, só me posicionar melhor.

Ele ficou com o corpo sobre o meu e começou a me beijar e logo ele fez o mesmo que eu fiz anteriormente, só que dessa vez a oral dele foi melhor e mais demorada. Como era incrível aquela sensação. Logo depois eu senti que ia gozar, Felipe começou a me punhetar até eu gozar. Felipe limpou meu pau com a mesma cueca que limpei o dele.
- não vejo a hora de ter a nossa primeira vez, amor.
- eu também não, Lipe. – eu realmente queria a nossa primeira vez, mas toda vez que chegava no assunto eu começava a ficar com medo. Tinha medo de ser passivo, medo da dor. Tinha medo de ele não gostar.
Vestimo-nos novamente e destranquei a porta do quarto. Ele continuou deitado e eu fui para o meu PC. Abri meu MSN e varias pessoas vieram conversar comigo, entre eles o Jefferson e o Caio (amigo da internet). Meia hora depois minha mãe chega no quarto e avisa que o almoço está pronto. Eu e o Felipe descemos e nos juntamos aos meus pais para começar a almoçar. Aproveitaria o almoço em família, que cada dia tava ficando mais raro, para pedir permissão aos meus pais para poder ir viajar.
- pai, na quinta antes do feriado, nos vamos para Bonito.
- vamos quem? - já disse meu pai sério.
- o Lipe, o Raffa, o Jefferson, o Vinicius, a Carol, a Isabela, o Pietro é que é irmão do Jefferson, o Thiago que é o filho da Maria e eu. – nesse momento eu vi o Felipe me olhando desconfiado, foi nesse momento que fui me lembrar que eu não havia dito a ele que o Thiago iria com a gente para poder ir dirigindo.

- vocês vão gastar bastante com passagem, heim. – disse meu pai. Naquele momento eu pude perceber a ironia dele, afinal já deu pra sacar que não iríamos de ônibus e sim de carro.
- vamos de carro, pai.
- certo. – disse o meu pai. – e quem vai dirigindo?
- num carro vai o Pietro e no outro vai o Thiago. Aliás queria pedir o seu carro emprestado, mãe.
- você não vai. – ordenou meu pai.
- mas por que, pai?
- não vou deixar você ir viajar nessa BR perigosa com um rapaz sem pratica de dirigir na rodovia. Você é o meu único filho, eu tenho que te proteger. Se fosse alguém mais velho e com mais experiência em direção eu ate deixava, mas nesse caso não.
- senhor Arthur, nós vamos devagar, não vai acontecer nada.
- desculpa, Felipe, mas ta decidido. – disse meu pai.
- mas pai...
- Thalles, não teima com seu pai, por favor. – pediu a minha mãe.
O resto do almoço ocorreu em silencio, claro que eu tava com cara de emburrado. Felipe ficou o tempo todo quieto enquanto meus pais comiam e conversavam sobre o serviço.
Depois do almoço, eu e o Felipe fomos até as redes que ficavam lá fora e deitamos pra descansar.
- Thalles, por que você não me disse sobre o Thiago ir junto?
- desculpa, Lipe, a Maria me disse hoje de manhã que ele tem carteira, e como precisamos de alguém com carteira pra ir dirigindo eu o convidei. Acontece que com a correria na sua casa e aqui em casa eu tinha esquecido de avisar.
- você sabe que eu não gosto muito dele, né?

- por causa de um ciúmes bobo e sem necessidade. Amor, você sabe que eu te amo e não te troco por ninguém. Para com esse ciúmes.
- ta, mas como seu pai não deixou ele ir dirigindo, então ele não precisa mais ir.
- eu não vou tirar o convite né Lipe, fica chato. Além do mais nem sei se eu vou.
- vai sim, nós vamos dar um jeito.
No resto da tarde tudo ocorreu normal. Enquanto estavamos dormindo, o meu celular começou a tocar, era o Jefferson ligando.
- Thalles, tudo bom?
- tudo e vc?
- to bem também. Diz ai, você vai fazer alguma coisa a noite?
- Por enquanto não vou fazer nada. Tem alguma idéia?
- Sim, tava conversando com as gemêas e o Vini e estavamos combinando de sair hoje a noite, abriu uma boate nova na cidade, vamos conhecer?
- fechou, eu topo.
- Cara, eu não consigo falar com o Lipe e nem o Raffa, da celular desligado.
- O Lipe ta aqui, eu aviso ele.
- Beleza, se puder tentar conversar com o Raffa também.
-sim, vou tentar aqui.

As 17:30 o Felipe foi para casa e eu voltei para o meu quarto. Depois de algumas ligações, combinamos de nos encontrar numa pizzaria antes as 19:30. Como ainda faltava duas horas pra estar lá, resolvi dormir uma hora mais ou menos e depois levantaria pra me arrumar e ir. Pouco depois eu acordo com alguém me balançando.
- Acorda Thalles, você ainda ta dormindo.
- Lipe, já ta pronto?
- claro amor, a gente não combinou de se encontrar as 19:30 lá, o pessoal deve ta doido esperando a gente e você nem se arrumou ainda.
- e que horas é agora?
- quase 8 da noite amor.
Dei um pulo da cama e fui direto pro banheiro. Felipe só ria da cena, me vendo tirar a roupa e jogar para todos os lados e ficando pelado na frente dele. Foi depois que percebi que nem a porta do banheiro eu fechei. Como eu ja estava atrasado, nem me dei o trabalho de sair de dentro do box para ir fechar a porta. Tomei meu banho e o Felipe da minha cama só observava. Passei shampoo no meu cabelo e fechei os olhos para não entrar sabão dentro. Quando abri os olhos novamente, eu vi que o Felipe não estava mais ali sentado, achei q ele resolveu me esperar na sala, mas depois de uns segundos ele aparece dentro banheiro, pelado, abrindo o box e entrando.
- o que isso Lipe?
- você achou que eu ia ver essa cena e ficar sem fazer nada?
Então Felipe fechou o box e começou a me abraçar e a beijar ali de baixo do chuveiro.
- amor, alguém pode ver.
- relaxa Thalles, eu tranquei a porta do seu quarto.

Sem me deixar dar mais desculpas, Felipe começou a me beijar novamente. Alguns segundos notei que seu pau duro já estava batendo no meu que também dava sinal de vida. Depois de tirar a sua mão da minha nuca e afastar os seus labios dos meus, Felipe me empurrou contra a parede, abaixou-se ficando só de joelhos no chão e começou chupar o meu pau com gula e desejo, a cada chupada sua eu ia as nuvens e o tesão cada vez mais tomava conta de mim. Depois de alguns minutos senti meu latejar e o Felipe também percebeu, ele tirou o meu pau da boca e começou a me punhetar, dentre segundos eu acabo gozando, fazendo voar porra no box do banheiro. Ele se levantou e começou a me beijar. Depois de uns minutos paramos e resolvi fazer o mesmo. Quando coloquei ele contra a parede, ele interrompeu.
- deixa pra mais tarde amor, estamos bem atrasados.
- tudo bem então amor.
- poxa Thalles, confesso que não aguento mais ficar só na oral, quero a nossa primeira vez logo.
- calma amor, logo ela chega.
- sim, nessa viagem. Te prometo que ela vai ser otima.

Concordei com ele e terminamos nosso banho. Saimos do banheiro e molhados fomos ate o meu guarda roupa pegar uma toalha. Nos exugamos e nos arrumamos rapido. As 21:10, meu pai foi nos levar até a pizzaria. No meu celular tinha 7 ligações perdidas do Jefferson e 3 da Carol. Depois de 25 minutos chegamos na pizzaria, o pessoal já estavam comendo.
- Poxa, chegaram bem na hora hein, como vocês são pontuais. - ironizou Vinicius entre risos.
- Desculpa a demora gente, ocorreram problemas familiares lá em casa. - menti para não ficar chato.
- tem problema não Thalles, na proxima a gente marca as nove pra vocês dois não chegarem atrasados. - brincou Carol.
- ta, chega de sermões, cade meu pedaço de pizza? - resmungou Felipe.
Notamos que o Pietro, irmão do Jefferson também estava ali. O Jefferson nos apresentou ele e depois começamos a conversar normal.
Eu e o Felipe começamos a comer e a conversar. A conversa na mesa estava animada, depois de uma hora e meia resolvemos pagar a conta e ir pra tal boate.
- como vamos? perguntou Raffa.
Num carro foi o Jefferson, Vinicius, Carol, Isah e o Pietro dirigindo. Raffa foi de moto taxi e eu e o Felipe fomos com meu pai. Decidimos eu, o Felipe e o Raffa ir de taxi e o resto no carro do Pietro.
Chegamos na boate e tivemos que enfrentar uma fila basica.

Depois de pagar 20,00 pela entrada, fomos conhecer o local. Sem duvidas aquele lugar ia ser muito badalado, pois estava tudo incrivel. A musica que estava tocando no momento era a swedish house mafia - one. O local escuro com luzes estrobicas deixavam um clima legal, e eu claro, aproveitaria a dificuldade de enxergar alguma coisa para arrastar o Felipe para um canto e beija-lo muito.
Tudo estava correndo muito bem, a um momento o pessoal estava no meio da pista dançando e eu e o Felipe estavamos em um canto afastado dançando e nos beijando. Beija-lo é muito bom, sentir aquela boquinha com gosto de ice é melhor ainda. Depois de um tempo fomos encontrar o pessoal perto do bar, começamos a conversar muito e nos divertir, logo em seguida aparece um casal perto de nós, a moça olhou para nós e sorriu, eu só não sabia pra quem, até ela começar a falar.
- Vini, você aqui?
- Oi Amanda, tudo bom? Quanto tempo.
- sim, depois que você saiu de lá, nunca mais falou comigo.
Todos nós estavamos curiosos querendo saber quem é aquela linda garota.

- Gente, deixa eu fazer as apresentações. Essa aqui é a Amanda, estudamos junto em um curso do SENAC. Amanda, esses são meus amigos, Felipe, Raffa, Carol, Thalles Jefferson e Pietro. E essa e minha namorada Isabela.
- Linda ela, tudo bom?
Depois dos cumprimentos abraços e beijinhos com todos, Amanda apresenta o namorado dela.
- Gente, esse é o Douglas, meu namorado.
Douglas cumprimentou todos nós e ficamos conversando. Ficamos bastante tempo ali conversando e a balada começava a animar mais ainda.

Ja estavamos um pouco alterados pela bebida e a dança começou a ficar mais intença. Em um momento notei que o Vinicius e a Isah começaram a discutir na pista de dança e se afastaram. Momentos depois Felipe me chama.
- Thalles, vamos lá ver o que ta acontecendo.
- por que nós Lipe? Não é melhor ir a irmã dela?
- você ta vendo o estado da Carol né? Ela nem em pé ta ficando mais, ta se apoiando no Jefferson.

- Ta bom, vamos.
Fomos até onde o casal estava, perto do banheiro. A Isah já estava chorando e o Vinicius com uma falta de paciência.
- o que ta acontecendo Vini? - perguntou Felipe
- A isah que bebeu de mais e ta enxergando coisa que não existe.
- eu vi você dando em cima daquela garota Vini. - A isah tava realmente bêbada, até tava com dificuldade de falar.
- eu não tava não. - Vinicius ja estava perdendo a paciência e começava a se exaltar.
- Calma gente. - eu tentava pacificar a situação. - Deixa pra conversar sobre isso amanhã. Vamos voltar pra lá.
- Melhor não Thalles, é melhor a gente ir embora antes que a situação piora e vira barraco. - disse Vinicius irritado.
- ta me chamando de barraqueira Vini? - ja disse Isah se levantando.
- não eu não disse, mas se comporta. - Vinicius começou a gritar.
Naquele momento a situação ficou tensa.

- então você vai ver o que é barraco. - Isah saiu correndo e não deu tempo de alcançar ela.
A Isah chegou aonde o pessoal estava já puxando a Amanda pelos cabelos.
- vou te ensinar vadia a não dar em cima do meu namorado.
- o que ta acontecendo, me larga sua louca.
As duas começaram a se debater no chão, sobrando para eu, o Felipe, o Jefferson e o Douglas separar as duas. Vinicius se aproximou de nós, pegou a Isah pelo braço e saiu arrastando ela, mas antes ainda se desculpou com a Amanda.
- desculpa Amanda. Ela ta muito bebada. - depois de dizer isso, ele balançou a cabeça nun gesto reprovador enquanto olhava para a Isah.
No local todos nos olhava e os seguranças ja acompanhava a Isah e o Vinicius até a saida. Nesse momento, decidimos todos ir embora, até a Amanda e o Douglas.

 
Os dias passaram normais. Em casa tudo ocorria bem. Meu pai estava contente com o trabalho e a loja da minha mãe com a Laura teve seu primeiro mês agitado, o que rendeu bons lucros. Na casa do Felipe, a relação com a Laura estava muito bem, mas já não podia se dizer o mesmo entre ele e o Lucas. Todos os dias Felipe desabafava comigo, dizendo que não agüentava mais as chantagens do Lucas e seus preconceitos. Cada dia que passava ele só piorava.
Era uma quarta feira, eu descia pra tomar café da manhã, e o Felipe já estava na cozinha tomando café com meu pai, me esperando para ir ao colégio. Nessa semana a minha mãe e a Laura estavam viajando para são Paulo fechando contrato com alguns fornecedores e só voltavam no sábado. As duas foram no carro da minha mãe. Por esse motivo, meu pai que bancava o motorista na parte da manhã e no almoço nós teríamos que ir embora a pé. No colégio, o assunto do momento era o feriado de páscoa chegando e o aniversário do Raffa. Faltavam duas semanas para chegar essas datas, mas nós já estávamos eufóricos para que chegasse logo.
- Raffa, seu niver é na quinta antes da páscoa né?
- sim isah.
- temos que planejar uma festa bem legal. O que acham? – sugeriu Jefferson.
- já sei. – disse Felipe aguçando a curiosidade de todos.
- o que Lipe? Conta logo. – pediu Raffa
- minha tia tem uma casa em Bonito, e ela só é usada quando alguém vai pra lá. Eu podia pedir pra ela pra usar a casa e nós poderíamos ir pra lá.
- Boa Garoto. Por mim eu to dentro. – afirmou Vinicius.

Todos concordaram e a nossa missão nas próximas duas semanas era organizar tudo para tornar esse feriado inesquecível.
- Thalles, podemos conversar a sós?
- sim Lipe.
Afastamos do pessoal e fomos até a quadra que estava vazia.
- o que foi amor?
- é sobre a nossa primeira vez Thalles.

- Claro que não né gente – explicou Raffa – o idiota tava bêbado e tava imaginando coisas. Olham pra eles, eles tem jeito de gay? Acham que iriam se beijar?
- Nooooossa! O que você tem contra? – brincou Felipe
Todos caíram na risada.
- é besteira daquele idiota, eu e o Thalles somos Amigos e HOMENS. – afirmou Felipe confirmando a desculpa do Raffa.
- mas você precisava bater no cara daquele jeito Raffa? – perguntou Carol.
- sim, qualquer pessoa que falar mal de qualquer amigo meu leva porrada. Gosto muito de vocês e faço tudo pra protegê-los.
- oooonnwt – disse as gêmeas se alegrando e abraçando o Raffa.
Ficamos ali terminando de beber e conversando até o sol raiar. Às sete da manhã, o pai das gêmeas foi buscá-las e o Jefferson e o Vinicius aproveitariam para pegar uma carona com o Sogro. Enquanto todos entravam no carro, Jefferson me chamou ate um canto.
- diga amigo? O que foi?
- Thalles, vocês dois precisam tomar mais cuidado. Eu também vi a cena do beijo quando fui ao banheiro.
- você viu? E e... – meu espanto na hora me deixou sem fala.
- relaxa criança. Pra mim ta de boas.
- não conta pra ninguém, por favor.
- tranqüilo, cabe a vocês dois contar quando quiserem. Da minha boca não sai uma palavra sobre esse assunto. – ele se despediu de mim dando um tapinha nas costas.
Eles foram embora, eu e o Felipe ficamos até as nove da manhã ajudando o Raffa a arrumar algumas coisas e depois chamamos o taxi e fomos para casa. No meio do caminho, Felipe me questionou.
- o que o Jefferson queria contigo?
- pedir pra nós dois tomar mais cuidado por que ele também viu o beijo.
- nossa, e o que ele disse sobre isso?
- disse que nos apóia e que não vai contar a ninguém.
- menos mal.

Chegamos em casa e o nosso único ato foi cair na cama e dormir muito. A noite foi boa e com muita emoção. Estávamos precisando descansar muito. O melhor ainda desse descanso, foi sentir o corpo do Felipe junto ao meu. Dormimos até as três da tarde. Embora o ar condicionado estivesse na potencia máxima, dentro do quarto ainda estava um pouco de calor. Logo notamos que o dia estava muito quente. Acordei primeiro que o Felipe, virei o meu rosto e lentamente fui o acordando com o meu beijo. Ele meio sonolento ainda, se espreguiçava e tentava me dizer algo.
- Bom dia amor da minha vida. – sussurrava ele ao meu ouvido.
- você quer dizer Boa tarde meu amor. – disse eu entre risos.
- verdade, minha cabeça ta doendo muito. Acho que bebi demais ontem.
- larga de ser frouxo Lipe. Mas já sei algo que vai nos animar e curar a nossa ressaca.
- o que?
- um banho bem gostoso de piscina. Vamos, levanta.
Descemos e fomos direto pra piscina. Ficamos o resto da tarde namorando dentro da piscina. A cada beijo que o Felipe me dava, eu suspirava muito. Quando escureceu um pouco, nós dois ainda continuamos a nos beijar e o clima começou a esquentar. Nossos beijos ficavam com mais vontade, mais força e em minutos já estávamos os dois excitados. Sua mão caminhava sobre o meu corpo e logo parou no abdômen, aos poucos ela ia descendo até ficar sob a minha sunga e começa a massagear o meu pau, que no momento já estava ereto e rígido com toda aquela excitação. Depois de um tempo massageando, subi na borda da piscina e Felipe arrancou a minha sunga jogando ela em qualquer lugar. Apenas fechei meus olhos e senti sua boca encostando na cabeça do meu pau, meu corpo todo tremeu de tanto tesão. Que sensação maravilhosa, Felipe agora fazia os movimentos de vai e vem com sua boca numa freqüência maior e eu delirava ainda mais. Logo escutei o portão da garagem começar a subir.

- droga, meus pais chegaram. Cadê a minha sunga Lipe?
- não sei, joguei pra lá.
Com muita dificuldade por causa do escuro eu enxerguei a minha sunga boiando em uma das beiradas da piscina e sai nadando as pressas e comecei a me vestir. Logo minha mãe ascendeu a luz da área de lazer, iluminando nós dois ali nadando e conversando, um cada lado da piscina.
- veja Arthur, nossos peixinhos ali boiando.
- o que vocês estão fazendo nadando no escuro seus loucos.
- ah pai, fiquei com preguiça de sair da piscina pra ascender à luz. Como foi de viagem?
- foi bem. Seus avôs mandaram um beijo. – meu pai disse e saiu em direção à cozinha carregando uma caixa contigo.
- filho, a Yasmin apareceu na casa da sua avó achando que você estava lá. Ela pediu pra quando você puder, ligar pra ela.
- Mas não vou mesmo mãe. Quero distância dela e você sabe disso.
Minha mãe apenas sorriu e foi para dentro carregando umas malas. Olhei para o lado e vi o Felipe com uma cara fechada.
- o que foi Lipe?
- quem é Yasmin?
- uma antiga namorada. Terminamos no começo do ano quando eu voltava de férias, uns dias antes de eu me mudar para cá.
- terminaram por que você ia se mudar?
- não, por que ela tava me traindo com o meu melhor amigo.
- e o que ela quer com você agora?
- não sei, e sinceramente, nem quero saber.
- assim espero. Por que você não me disse isso antes Thalles?

- por que eu quero esquecer esse fato que aconteceu na minha vida. E agora que eu to vivendo um momento especial e to conseguindo esquecer o passado, eu não quero que ele volte a me atormentar.
- você ainda gosta dela?

- na verdade eu achava que gostava muito, e sofri demais quando terminei e a até quando me mudei pra cá. Mas desde o primeiro dia de aula, quando eu te vi, todo esse sofrimento e o amor que eu achava que sentia por ela, simplesmente sumiram e eu fiquei fascinado por você. Hoje, me sinto como se ela nunca tivesse existido na minha vida. E como não quero remoer o passado, não comento nada sobre ele. Agora eu vivo uma vida nova, ao seu lado, por que você é a pessoa que eu amo e sinto algo que jamais senti por alguém.
Ao terminar de falar, vi que uma lagrima caia dos olhos de Felipe, demonstrando claramente que ele estava emocionado escutando aquelas palavras. Ele se aproximou de mim e veio me beijar.
- te amo Thalles.
- também te amo Felipe. Amo muito.
Quando íamos nos beijar, minha mãe saiu lá fora e pediu para sairmos da piscina, tomar um banho e jantar. Eu fui para o meu quarto e o Felipe foi ate o quarto de hospedes usar o banheiro pra tomar um banho. Eu demorei uns 30 minutos debaixo do chuveiro, quando terminei me enrolei na toalha e sai, quando abro a porta do banheiro dou de cara o Felipe enrolado na toalha e sentado na minha cama me esperando.
- Para Thalles. Volta pro banheiro e sai de novo, mas dessa vez sem essa toalha.
- seu bobo, só por que você quer. O q ta fazendo ainda sem roupa?
- me empresta uma?
- sim. – fui até o guarda roupa e peguei uma roupa pra ele e uma pra mim. Vestimo-nos e descemos para jantar. Estávamos com muita fome, pois não tínhamos comido nada ainda. Após o jantar, Felipe de despediu de nós e foi para casa. Eu subi para o meu quarto e tentei dormir, mas não estava com sono por dormir o dia inteiro e não parava de pensar no amor da minha vida. Já era de madrugada quando fui pegar no sono.

Os dias passaram normais. Em casa tudo ocorria bem. Meu pai estava contente com o trabalho e a loja da minha mãe com a Laura teve seu primeiro mês agitado, o que rendeu bons lucros. Na casa do Felipe, a relação com a Laura estava muito bem, mas já não podia se dizer o mesmo entre ele e o Lucas. Todos os dias Felipe desabafava comigo, dizendo que não agüentava mais as chantagens do Lucas e seus preconceitos. Cada dia que passava ele só piorava.
Era uma quarta feira, eu descia pra tomar café da manhã, e o Felipe já estava na cozinha tomando café com meu pai, me esperando para ir ao colégio. Nessa semana a minha mãe e a Laura estavam viajando para são Paulo fechando contrato com alguns fornecedores e só voltavam no sábado. As duas foram no carro da minha mãe. Por esse motivo, meu pai que bancava o motorista na parte da manhã e no almoço nós teríamos que ir embora a pé. No colégio, o assunto do momento era o feriado de páscoa chegando e o aniversário do Raffa. Faltavam duas semanas para chegar essas datas, mas nós já estávamos eufóricos para que chegasse logo.
- Raffa, seu niver é na quinta antes da páscoa né?
- sim isah.
- temos que planejar uma festa bem legal. O que acham? – sugeriu Jefferson.
- já sei. – disse Felipe aguçando a curiosidade de todos.
- o que Lipe? Conta logo. – pediu Raffa
- minha tia tem uma casa em Bonito, e ela só é usada quando alguém vai pra lá. Eu podia pedir pra ela pra usar a casa e nós poderíamos ir pra lá.
- Boa Garoto. Por mim eu to dentro. – afirmou Vinicius.

Todos concordaram e a nossa missão nas próximas duas semanas era organizar tudo para tornar esse feriado inesquecível.
- Thalles, podemos conversar a sós?
- sim Lipe.
Afastamos do pessoal e fomos até a quadra que estava vazia.
- o que foi amor?
- é sobre a nossa primeira vez Thalles.

Eu amava muito o Felipe e realmente eu queria perder a minha virgindade com ele, mas devo confessar que aquele assunto não me deixava nenhum pouco a vontade.
- o que tem ela? Fiz-me de desentendido.
- você sabe Thalles, eu disse que queria fazer algo legal, e to planejando isso.
- planejando como?
- nessa viagem. O que acha?
- mas, vai ta todo mundo amor lá amor, não vai rolar.
- calma Thalles, o Raffa e o Jefferson estão me ajudando. Só confia em mim, diz que sim e deixa o resto comigo.
- tem como dizer não, olhando pra essa sua carinha de anjo?
Demos um beijo rápido e voltamos.
Na saída eu e o Felipe fomos para casa a pé. No caminho, combinamos de ir ao shopping à tarde e assistir um filme. Deixei-o na casa dele e fui para minha. À tarde, eu e o Felipe já estávamos no shopping, andamos por quase todas as lojas, tomamos sorvete e depois fomos assistir a um filme. Terminou o filme eu fui para casa e o Felipe pra dele.
Abri a porta da sala e vi meu pai esparramado no sofá, assistindo ao jogo.
- isso é horas de chegar Guri?
- pai, ainda nem é dez horas. Quem ta ganhando?
- empatado ainda. Tem janta lá no fogão.
- to sem fome. Vou dormir.
- não esquece de colocar o celular pra despertar amanhã cedo.
- sim senhor.

Fui para o meu quarto e dormi logo. No outro dia, estranhei o Felipe não estar em casa para irmos pra escola. Meu pai estava na cozinha tomando o café. Cumprimentei-o com um bom dia e ele fez o mesmo e começou a reclamar.
- cada dia que passa meus cafés fica mais amargo.
- saudade da mamãe é? – disse eu entre risos
- ou da Maria. Hehehe. Mas sua mãe me faz muita falta.
- é eu sei o por que. - Eu disse meio sarcástico. – engraçado, o Felipe ainda não chegou pai.
- ele ligou, disse que não vai hoje.

- por quê?
- disse que ta com problemas lá, mas disse que mais tarde vem aqui.
- tudo bem.
Meu pai me deixou na escola e eu fui direto pra sala. Lá estava apenas o Jefferson do nosso grupinho. Ficamos bastante tempo conversando e ali fui tendo uma conversa diferente com ele, como se eu estivesse conhecendo ele um pouco mais. Ele me contava sobre a vida dele, e me confessou que o namoro dele com a Carol já não estava mais legal, que ultimamente os dois brigavam muito. Momentos depois o Raffa chega junto com o professor. Muita gente faltou naquele dia, e eu não sabia o por que. Podia ser apenas coincidência. Passamos a aula inteira conversando, nós três. Naquele dia senti que a amizade entre nós três tivesse aumentado mais, devia ser por que com apenas os dois ali, eu não precisava esconder nada.
No final da aula, despedi dos dois e fui ate o portão para ir pra casa, quando avistei o carro do meu pai no outro lado da rua. Ele me levou ate em casa, mas não desceu do carro, pois estava atrasado pro serviço. Desci do carro e toquei o interfone e para a minha surpresa, foi o Thiago quem abriu o portão pra mim.

- pode entrar senhor. – disse Thiago fazendo uma reverencia.
- Thiago?! Para com isso bobo. Tudo bom?
- tudo e com você?
- também, só estou faminto.
- entra ai e fica a vontade.
Ri muito com o jeito dele bancando o anfitrião da casa.
No almoço, notei que o Thiago não parava de me olhar como no outro dia. Lembrei que fiquei de tirar satisfação com ele e decidi que daquele dia não passava. Ao terminar de almoçar, eu e ele fomos pra varanda. Enquanto eu me deitava na rede, ele sentava numa cadeira de fio.

- Thiago, por que você me olha de um jeito diferente?
- diferente como?
- não se faz de bobo, você sabe do que eu to falando.
- eu apenas sou observador. Isso te incomoda?
- não, apenas curiosidade

Ficamos um tempo ali, mas depois dessa conversa, senti que ele ficou mais quieto, como se pensasse em algo e eu resolvi não atrapalhar, apenas fiquei deitado na minha rede até que o sono me pegou e eu não resisti. Dormi ali mesmo. Depois de algumas horas, acordei com a minha rede balançando, com alguém tentando me acordar. Ao abrir meus olhos, e vejo o Felipe na minha frente com os olhos cheios de lagrimas.
- Thalles, eu não agüento mais.
- o que foi?
- queria conversar a sós.
- vamos lá pro quarto. - Deixamos o Thiago dormindo na cadeira de fio e subimos até o meu quarto.
Lá o Felipe sentou-se na minha cama e começou a chorar mais ainda e a desabafar.
- não agüento mais amor.
- o que aconteceu?
- meu irmão, ele ta passando dos limites, eu to ficando louco. Não agüento mais ficar perto dele.
- se acalma amor. Respira um pouco e me diz, o que aconteceu?
Esperei ele se acalmar um pouco. E logo ele começou a me explicar.

- ontem, enquanto estávamos no shopping, meu irmão recebeu uns amigos em casa. Depois eles resolveram assistir o jogo num barzinho e pegaram o carro da minha mãe e foram. Beberam todas lá no barzinho e na volta, enquanto tiravam o carro do estacionamento, o amigo dele que tava dirigindo, deu ré demais e acertou a traseira do carro numa arvore. Estragou a traseira do carro toda.
- nossa amor, seu irmão ta fudido. Sua mãe vai matar ele.
- não amor, quem está sou eu.
- mas por que Lipe?
- por que meu irmão quer que eu assuma a culpa.
- mas você não pode fazer isso.
- não tenho escolha Thalles. Ele ameaçou contar pra mãe sobre o nosso namoro se eu não assumir a culpa da batida. Por que você acha que eu to desesperado? Minha mãe chega no sábado e eu não sei como eu vou fazer.
- que desgraça o seu irmão. Que ódio.
- como que eu vou assumir essa culpa amor?
- eu não sei. Mas vamos dar um jeito.
Ficamos ali um tempo e resolvemos descer e comer alguma coisa. Enquanto conversávamos, eu tive uma idéia.
- Lipe, já sei como dizer pra sua mãe.

- como Thalles?
- tem uma arvore quase em frente a sua garagem não é?
- tem sim.
- pronto, vamos dizer que você teve que tirar o carro da garagem pra lavar ela e enquanto tirava o carro, seu pé enroscou no acelerador e você acabou batendo o carro na arvore. Depois você pega uns cacos do carro e joga lá perto da arvore pra disfarçar.
- Nossa Thalles, que mente hein. Você costuma a aprontar direto pra ter umas idéias assim?
- às vezes, sabe como é né, anos de experiência. Mas se não gostou da idéia...
- adorei. Amor, mudando de assunto, aquele que tava na área é o filho da Maria?
- é sim.
-você não me disse que ele era bonito e da nossa idade.
- ta interessado nele Lipe?
- não, to com ciúmes mesmo. Não gosto de você perto desses caras, ainda mais sem camisa igual ele estava.
Não agüentei e comecei a gargalhar.
- não sei do que você está rindo, eu estou cuidando do que é meu.
- pode ir parando com esses ciúmes, você sabe que eu tenho olhos só pra você. Eu te amo carinha. Amo só você. Chega de ciúmes.

As quatro da tarde, a Maria e o Thiago foram embora e eu e o Felipe ficamos na sala assistindo o filme que passava na sessão da tarde. Pouco tempo depois o Felipe, foi pra casa, meu pai chegou, jantamos e eu fui pro meu quarto. Deitei e comecei a lembrar sobre as ameaças do Lucas e o que ele tava fazendo com o Felipe. Tentei refletir um pouco também sobre o que tava acontecendo comigo. Desde que comecei a namorar com o Felipe, não parei pra pensar como estava sendo a minha vida nessa nova fase. No momento o que eu mais queria era conhecer pessoas que estavam na mesma situação que eu, trocar idéias ou experiências. Como estava sem sono, resolvi entrar no Orkut e escutar um pouco de musica. Olhando o Orkut de alguns amigos, vi que um deles tinha entrado em uma comunidade chamada – O PRIMO DO LIPPE. Por curiosidade entrei e li a descrição da comunidade, percebi que se tratava de um romance homossexual. Como não queria que ninguém soubesse disso, criei o meu perfil fake com o nome Lipe, em homenagem ao meu namorado claro, e adicionei a comunidade. Comecei a ler o romance e não acreditava no que eu tava vendo. O conto é incrível. Passei a madrugada toda lendo e não queria parar mais. Adicionei o autor e alguns moders e fiquei rezando para que eles me adicionam-se. Queria muito ser amigos deles. Mandei o convite no Orkut e olhei para o relógio. Já era 05:30 da manhã. Desliguei o PC a muito custo, pois eu ainda não tinha terminado de ler aquela historia maravilhosa. Mas quando eu voltasse do colégio eu terminava de ler.

 
Passamos a tarde inteira arrumando a casa e comprando as coisas para festa. No quintal, já tinha uma pista de dança improvisada e o DJ já testava os equipamentos. Tudo indicava que a festa ia ser o maior sucesso. Muitos amigos do colégio e conhecidos do Raffael estavam convidados. Passar o tempo todo do lado do Felipe e não agarrá-lo e beijá-lo muito para mim era uma tortura. Enquanto eu colocava as bebidas na geladeira, o Raffael foi conversar com o DJ e deixou eu e o Felipe a sós.
- Thalles, eu e o Raffa somos amigos há muito tempo, desde a infância, eu não consigo esconder dele o nosso namoro.
- mas você pretende contar pro Raffa hoje?
Nisso o Raffael surge na cozinha.
- contar para mim o que?
Felipe me olhou pedindo aprovação, eu apenas afirmei com a cabeça.
- Raffa, a gente precisa conversar. - disse Felipe
- vamos lá pra sala.
Fomos os três para a sala e lá Felipe começou a logo a falar.
- Raffa, nos somos melhores amigos há tanto tempo e ha algo que eu quero te contar. Não queria mais esconder isso de você. Eu to namorando.
- serio cara, que legal. Com quem?
Felipe olhou para mim e depois disse ao Raffael: - com o Thalles.
Raffa ficou mudo. Sua expressão era de quem não acreditava naquilo que ele ouvia. Eu estava quieto e com medo da reação dele, pois a ultima experiência com o Lucas não foi nada agradável. Do nada, Raffa da um pulo do sofá e começa a falar.

- vocês estão namorando? Que legal cara.
Dessa vez eu que me espantei e não me contive.
- então você não acha ruim?
- claro que não Thalles, eu não tenho preconceito. Além do mais eu e o Lipe somo amigos há muito tempo, e se ele acha que esse namoro é melhor pra ele, eu aprovo. Ainda mais sendo você o namorado, que considero também como um amigão. Vocês podem contar comigo sempre.

-Felipe, o que e isso?
-Lucas?! - disse Felipe assustado.
- cara, você é gay?
- calma Lucas, não é isso que você ta pensando.
- mano você ta beijando o Thalles.
- sim, to... É que a gente ta...
-tão se beijando. A mamãe sabe disso?
- não. - Felipe disse assustado e alterando a voz. - por favor, não conta pra ela.
- vou sim. - Lucas já saiu em direção a festa, mas Felipe saiu correndo e impediu que ele prosseguisse.
- qual é cara, o que você ganha contando pra mãe?
- a questão é: o que eu ganho não contando pra mãe?
- em casa a gente conversa.
Aproximei-me deles curioso para saber o que conversavam. Logo que perceberão a minha presença, se calaram.
- e então Lipe?
- o Lucas não vai contar pra mãe, né Lucas?
- sim - afirmou ele com um sorriso no rosto. Como até o sorriso dos dois eram parecidos. - vim chamar vocês. A mãe mandou chamar para fazer umas fotos em família para um site.
Nós três fomos em silencio para a festa.
Chegando lá, tiramos muitas fotos e festejamos muito. Em poucos minutos todos estavam alegres, menos eu. Agora que o Lucas sabia, eu tinha medo dele contar tudo. Olhei para o lado e vi Felipe ao meu lado todo feliz e sorrindo.

- o que foi? - perguntei.
- apenas to feliz.
- eu percebi, mas por quê?
- por que eu to namorando a pessoa mais incrível do mundo.
- hehe seu bobo. Mas e o seu irmão?
- relaxa Thalles, ele não vai contar.
- como você pode ter certeza?
- deixa comigo.
A festa ocorreu bem e todos se divertimos. Acabou a festa e fomos para a casa, no meio do caminho meu pai informou que precisava ir para Dourados no outro dia com a minha mãe para assinar o documento da venda da casa e que aproveitariam a segunda antes do carnaval. Eu claro que me recusei a ir e para a minha surpresa meu pais não insistiram.

Chegamos em casa, tomei meu banho e fui deitar para dormir. Eu não conseguia parar de pensar que eu estava namorando O Felipe. Eu estava fascinado e completamente apaixonado. Logo eu que nem imaginaria amando outro homem. Acreditava que um dia ia casar com a Yasmin e ia ter filhos. Como a vida muda. Mas eu também não podia evitar pensar no momento que o Lucas nos flagrou. A ameaça dele de contar a Laura. Esses pensamentos martelavam a minha cabeça ate eu cansar e dormir.
No domingo eu acordei e vi uma mensagem do Felipe no celular pedindo para ligar para ele. No mesmo instante eu liguei.
- Oi Lipe, tudo bom?
- tudo meu amor.
- amor?
- não estamos namorando? Então. Seguinte amor é pra você almoçar aqui hoje.
- como assim?
- seus pais passaram aqui e pediram pra minha mãe cuidar de você e pra eu ir dormir ai com você a noite. - disse ele com um sorriso malicioso.
- eita, meus pais entregaram o chapeuzinho pro lobo mau.
Ele soltou uma gargalhada alta.
- então amor, minha mãe ta pedindo pra você vir almoçar aqui.
- ta bom, vou me arrumar e descer pra ai. Beijos amor.
- aeeeee, me chamou de amor.
- seu bobo. Beijos amor.
- beijos meu amorzinho.
Tomei o meu banho, depois vesti uma bermuda jeans, camiseta gola V verde escura e um tênis. Fui ate o espelho do banheiro e ajeitei meu cabelo. Tomei banho do meu perfume Egeo. Tranquei a casa e fui para a casa do Felipe.
Era a primeira vez que eu ia à casa do Felipe. Confesso que eu tava com um frio na barriga. Geralmente eu sou muito tímido quando visito a casa dos outras pessoas e juntando com a aflição de encarar o Lucas, eu ficava mais tenso ainda. Parei em frente à casa dele, até pensei em voltar para trás e usar uma desculpa qualquer para recusar o convite, mas era tarde demais, pois a Laura abriu o portão bem na hora que eu ia voltar e me pegou no flagra.

- Thalles, entra menino. To preparando o nosso almoço. Os meninos estão na sala jogando vídeo game, pode ir lá. Eu vou ao mercado e já volto.
- quer companhia dona Laura?
- não precisa meu anjo, pode ir lá se divertir, pode ficar a vontade.
- ta bom.
Entrei na sala e vi os dois jogando need for speed. Felipe quando me viu logo se animou e saiu correndo me dar um abraço. Já o Lucas nos olhava com um olhar de reprovação e logo disparou.
- chegou o outro viadinho.
- cala a boca Lucas! - ordenou Felipe
- não calo, eu to na minha casa.
- vem comigo Thalles, deixa esse babaca ai.
Caminhamos até a cozinha. A casa do Felipe era grande, linda e ajeitada. Sem duvidas a Laura tem um bom gosto. O requinte da casa e o luxo dos moveis dava um ar sofisticado ao ambiente.
- seu irmão não digeriu a idéia mesmo né?
- passou o tempo todo me chamando de gay e dizendo que tem nojo de pessoas desse tipo.
- credo amor, não sabia que ele é tão homofóbico assim.
- nem eu amor. Às vezes ele até esquece que é meu irmão. Quase saímos na briga hoje mais cedo e ele quase contou pra mãe. O pior são as chantagens.
- chantagens?
- uhum, tipo: faz isso pra mim ou eu conto tudo pra mãe, faz aquilo ou eu conto pra mãe que ela tem um filhinho boiola.
- puxa mor, e agora?
- o jeito é ir levando Thalles.
Ficamos um tempo ali conversando até a Laura chegar. O dia passou normal, mas eu não agüentava mais ficar naquela casa e ver o Lucas nos olhando com ódio e ver as suas insinuações e chantagens. No final da tarde eu e o Felipe fomos para a minha casa. Ficamos a noite inteira namorando.
Em um momento nossos beijos começaram a ser mais intensos, nossos corpos esquentavam e o nosso grau de excitação aumentava. Começamos a tirar nossas camisas e os beijos só aumentavam, mas eu logo travei e assustado me afastei do Felipe.

- o que aconteceu Thalles? Não ta afim?
- não é isso Lipe, é que eu não sei.
- Thalles, por quê? Você não ta a fim de transar comigo?
- não é isso amor. Só que eu não to preparado.
- como assim?
- eu sou virgem Lipe.
Abaixei a minha cabeça e comecei a chorar de vergonha e medo do Felipe não gostar e terminar comigo.
- Thalles, olha pra mim - disse Felipe.
Em silencio eu olhei para ele com os olhos cheios de lagrimas.
- não precisa se desesperar amor. Eu entendo meu anjo. Não vamos fazer nada agora ta bom? nós só vamos fazer quando você estiver afim e eu te prometo que vai ser um momento especial e inesquecível, para nós dois ta bom?
Sem forças para falar, a única coisa que eu consegui dizer é, eu te amo, e logo dei um beijo gostoso para agradecer todo aquele carinho e compreensão.
O resto da noite passamos assistindo filmes e namorando muito. Na madrugada já estávamos com sono e resolvemos ir dormir. No primeiro andar ele me deu outro beijo, se despediu de mim e foi caminhando ate o quarto de hospedes.
- aonde você vai Lipe?
- para o quarto de hospedes.
- não vai dormir comigo? - eu disse com uma cara de menininho pidão.
- pedindo assim é claro que eu vou.
Entramos no meu quarto e o Felipe logo se sentou na minha cama.
- pode ficar a vontade Lipe.
- posso mesmo? - novamente ele estava com o famoso sorriso malicioso no rosto que me deixava mais excitado por ele.
- pode sim bobo.

Nesse momento Felipe tirou as suas roupas na minha frente, ficando apenas com uma cueca boxer preta. Sem me questionar eu também comecei a tirar a minha roupa e fiquei também apenas de cueca boxer vermelha.
- sabia que cueca vermelha é a minha favorita? Mas eu prefiro você sem ela. – disse Felipe.
Deitei-me ao seu lado e começamos a nos agarrar. Novamente eu quis me esquivar dele, mas dessa vez a tentativa foi em vão.
- Relaxa Thalles, não vamos fazer nada que você não queira. Mas se você se sentir mais seguro assim, pode ficar tranqüilo que hoje não precisa rolar a penetração. Mas claro que pode rolar algo bem legal, deixa comigo amor.

Vencido pela excitação, não disse nada, um ato que para o Felipe foi um sinal para seguir em frente. Ele começou a beijar meu pescoço e devagarzinho foi descendo pelo meu peitoral e depois pela minha barriga. Aquela sensação era uma delicia. Senti um arrepio pelo meu corpo quando Felipe chegou na minha virilha e aos poucos foi tirando a minha cueca com os dentes. Meu pau já estava latejando de tanto tesão e num movimento pulou para fora da cueca quando Felipe tirou um pouco da minha cueca. Felipe olhou para mim como se estivesse pedindo permissão, apenas fechei os meus olhos. Ele começou a chupar demoradamente a cabeça do meu pau e aos poucos ia colocando ele todo na boca. Aquela oral estava incrível e me deixava nas nuvens. Depois de um tempo senti o meu corpo estremecer avisando que eu ia gozar. Avisei a ele e ele logo tirou o meu pau da sua boca e começou a me masturbar até eu gozar. Depois dessa eu estava deitado e sem forças. Ficamos um tempo deitados e logo resolvemos tomar um banho. água do chuveiro estava quentinha do jeito que eu gosto. Eu e o Felipe estávamos tomando banho e notei que ele estava excitado de pau duro, sem perder tempo eu o coloquei contra a parede e fui beijando o seu corpo lentamente, e aos poucos fui descendo até chegar de frente ao pau dele. Fiquei um tempo parado pensando se eu realmente ia fazer aquilo, era a primeira vez que eu praticava sexo oral. Resolvi encarar e comecei a fazer uma oral nele. No começo eu estava sem jeito, mas o Felipe com o carinho dele sabia como me deixar à vontade. Não demorou muito e ele ia começar a gozar, eu rapidamente parei a oral e comecei a masturbá-lo ate fazê-lo gozar. Terminamos o nosso banho e depois fomos dormir felizes e juntinhos, agarradinhos a noite toda. Era muito bom dormir e acordar agarrado a ele, sentindo o calor do seu corpo.

Na segunda acordamos às onze da manhã. Acordei primeiro que ele e com um beijinho eu o acordei. Tomei o meu banho primeiro, pois o Felipe ainda estava com preguiça. Depois que sai do meu banho e fui ver meus e-mails e meu Orkut. Felipe com muito custo se levantou e foi tomar um banho. Apos sair do banho ele me beijou e juntos descemos pra tomar nosso café da manha que seria mais o nosso almoço. Como era véspera de feriado e meus pais não estavam em casa, minha mãe resolveu dar folga a Maria, e por esse motivo teríamos que nos virar com o almoço. Para mim não era nenhum problema, pois eu cozinhava muito bem, mas justo naquele dia eu estava com preguiça de cozinhar e ele também. Uma alegria tomou conta, depois que recebemos um telefonema da Laura dizendo que passaria em casa para nos buscar para almoçar numa churrascaria.
Depois de quarenta minutos a Laura chegava a casa e eu e o Felipe já estávamos prontos esperando. Lucas estava no banco de trás nos olhando feio. Entramos no carro e a Laura nos cumprimentava toda sorridente.

- oi meninos, como foi a noite?
- parece que foi bem né mãe. - disse Lucas irônico. Eu e o Felipe olhamos para ele assustados.
- por que você acha isso meu filho?
- ah mãe, os dois sozinhos na casa né mãe, deve ter rolado muita bagunça.
- claro que não. - disse Felipe a mãe dele, mas olhando pro Lucas. - apenas assistimos filmes e depois fomos dormir.
Chegamos à churrascaria e almoçamos normal. Quando estávamos na sobremesa, o celular do Felipe toca. Era o Raffael pedindo ajuda a nos dois para organizar a festa da noite. A Laura já aproveitou e nos deixou na casa do Raffael.
- ainda bem que vocês vieram cuidar dessa festa sozinho é foda mano.

Passamos a tarde inteira arrumando a casa e comprando as coisas para festa. No quintal, já tinha uma pista de dança improvisada e o DJ já testava os equipamentos. Tudo indicava que a festa ia ser o maior sucesso. Muitos amigos do colégio e conhecidos do Raffael estavam convidados. Passar o tempo todo do lado do Felipe e não agarrá-lo e beijá-lo muito para mim era uma tortura. Enquanto eu colocava as bebidas na geladeira, o Raffael foi conversar com o DJ e deixou eu e o Felipe a sós.
- Thalles, eu e o Raffa somos amigos há muito tempo, desde a infância, eu não consigo esconder dele o nosso namoro.
- mas você pretende contar pro Raffa hoje?
Nisso o Raffael surge na cozinha.
- contar para mim o que?
Felipe me olhou pedindo aprovação, eu apenas afirmei com a cabeça.
- Raffa, a gente precisa conversar. - disse Felipe
- vamos lá pra sala.
Fomos os três para a sala e lá Felipe começou a logo a falar.
- Raffa, nos somos melhores amigos há tanto tempo e ha algo que eu quero te contar. Não queria mais esconder isso de você. Eu to namorando.
- serio cara, que legal. Com quem?
Felipe olhou para mim e depois disse ao Raffael: - com o Thalles.
Raffa ficou mudo. Sua expressão era de quem não acreditava naquilo que ele ouvia. Eu estava quieto e com medo da reação dele, pois a ultima experiência com o Lucas não foi nada agradável. Do nada, Raffa da um pulo do sofá e começa a falar.

- vocês estão namorando? Que legal cara.
Dessa vez eu que me espantei e não me contive.
- então você não acha ruim?
- claro que não Thalles, eu não tenho preconceito. Além do mais eu e o Lipe somo amigos há muito tempo, e se ele acha que esse namoro é melhor pra ele, eu aprovo. Ainda mais sendo você o namorado, que considero também como um amigão. Vocês podem contar comigo sempre.

- desculpa não contar antes cara, eu tinha medo de dizer, mas eu não agüentava mais de vontade de contar.
- obrigado pela confiança. Eu preciso me acostumar com a idéia. Mas vamos ficar de boas e o casalzinho se esperta ai que temos mais coisas pra fazer.
Demos um longo abraço nós três e continuamos a arrumar a casa. Perto das seis da tarde, eu e o Felipe fomos para casa tomar um banho e nos arrumar para a festa de noite.
Depois de três horas já estávamos prontos e pegamos um taxi para voltar à casa do Raffa. No caminho esquecemos-nos da presença do taxista e começamos a nos beijar no banco de trás. Depois de um tempo, percebemos a nossa mancada e vimos que o motorista nos olhava pelo retrovisor serio. Depois da vergonha, apenas ficamos de mãos dadas e eu deitado no peitoral do Felipe até chegar na casa do Raffa. Ao pagar o motorista, notamos que ele estava com uma cara zangada.
Na casa já havia muita gente e logo na entrada fomos recepcionados pela Carol, a Isah, o Jefferson e o Vinicius.
- oi meus fofos, tudo bom? Disse Carol nos cumprimentando com os famosos três beijinhos. Isah também fez o mesmo ritual e os meninos cumprimentamos com um quase abraço.
Festejamos bastante e dançamos muito. Depois de um tempo dançando eu pisei em falso e machuquei meu pé. Eu e o Felipe fomos até a cozinha e pegamos um gelo e coloquei um pouco no meu pé.
- ta doendo muito amor?

- ta não Lipe, mas cuidado ao me chamar de amor, alguém pode escutar.
- vou te dar um beijinho para sarar.
- aqui melhor não Lipe, alguém pode ver.
- larga de ser medroso, não tem ninguém aqui perto.

Demos um beijo rápido, depois notei que meu pé começava a desinchar, então coloquei meu tênis novamente e voltamos para a festa. Encontramos a Carol e o Jefferson cansados e sentados afastados da pista de dança e fomos beber um pouco. Nessas horas o Raffa já estava alterado por causa da bebida e saia dançando pela casa toda e fazendo gracinhas, arrancando sorrisos de todos.
Algumas pessoas começavam a ir embora e outras prometiam ficar até o sol raiar. Depois de um tempo a Carol percebeu que não via a Isah e o Vini em lugar nenhum.
- gente, cadê a minha irmã?
- foi lá pra cima com o Vini - disse Jefferson apontando para a janela de um dos quarto da casa. Vamos também gatinha?
Sem dizer nada, Carol acompanhou Jefferson para dentro da casa e deixou eu o Felipe sozinhos. Não muito tempo depois aparece o Raffa com mais bebida para nós.
- o casal vai ficar ai sozinhos?
- ta bom por aqui Raffa, o pé do Thalles ta um pouco inchado e resolvemos ficar aqui um pouco, pode ir lá dançar, estamos de boa - disse Felipe.
- se quiserem, podem ir no meu quarto. - disse Raffa piscando para nós.
Começamos a gargalhar do jeito brincalhão dele e dos vários tropeços que ele deu, até voltar para a pista de dança.
- vai querer ir amor?
- melhor não né Lipe. Já estamos dando bandeira demais hoje.
Ficamos ali afastados dos demais apenas conversando e rindo. Algumas pessoas passavam por nós, parava e conversava um pouco, perguntava como eu tava e depois voltava pra pista de dança. Realmente a noite caminhava muito bem e todos estavam se divertindo. Isah e Vinicius já voltava para a festa e ficaram lá conversando com nós. Depois de um tempo, algo estranho aconteceu na pista de dança e percebemos que tava acontecendo uma briga ali. Algumas pessoas tentavam separar os brigões e outras incentivavam mais. Aproximamos-nos vimos o Raffa e outro convidado da festa jogados no chão dando socos e pontapés um no outro. Separamos eles e o Raffa logo ordenou.

- Todo mundo pra fora. Acabou a festa. Chega!
Muitos ainda reclamavam, mas aos poucos foram deixando o local, restando apenas eu, o Felipe, a Carol, o Jefferson, Vinicius, a Isabela e o Raffa. Depois do Raffa se acalmar veio os questionamentos.
- cara, o que aconteceu? Por que você tava brigando com aquele cara? - perguntou Jefferson.
- o filho da puta tava falando asneiras lá.
- o que ele tava dizendo? - perguntava Isabela.
- ele disse que viu O Felipe e o Thalles se beijando lá dentro da cozinha e começou a xingar eles de viadinhos.
Nisso todos olhavam pra mim e o Felipe.
- se beijando? - perguntava Carol para nós dois.
Todos esperavam uma resposta minha ou do Felipe.

 
- Thalles, vem fechar o portão – ordenou meu pai.
Eu e o Felipe acompanhamos meus pais e a Laura até o portão.
- comportem-se meninos. Thalles, qualquer coisa me liga.
- ta bom mãe.
Após saírem, tranquei o portão. Olhei para trás e vi Felipe com um sorrisinho malicioso no rosto.
- então quer dizer que estamos sozinhos? – dizia ele já com malicia.
-vai com calma Cowboy.
Entramos em casa e fomos direto para o meu quarto. Coloquei uma musica no PC e sentamos na cama para conversar.
-Lipe, por que você não me disse que a sua mãe era a sócia da minha?
- por que eu não sabia. Eu disse que vinha na sua casa que era aqui perto. Ela me ofereceu carona dizendo que viria pra essa região. Quando eu disse que era aqui a sua casa ela disse que era aqui a casa da sócia dela. Ai que fui descobrir.
- meu Deus que coincidência.
- mas diz ai, gostou da sua sogra?
- Sogra? - Fiquei mais branco do que eu já só na hora – como assim?
Felipe, agora envergonhado e olhando para baixo dizia.
- ah, achei que depois, você sabe, do beijo de ontem, nos poderíamos namorar.
- Lipe, eu gosto de você. Gostei muito daquele beijo.
Antes mesmo de eu continuar a falar, Felipe me roubou outro beijo. Dessa vez o beijo foi mais demorado, mais intenso e confesso, muito mais gostoso do que os beijos da Yasmin. Nossas línguas se encontravam e às vezes eu mordiscava os seus lábios, fazendo-o soltar vários suspiros. Como era maravilhoso aquele beijo. Depois de um tempo se beijando, paramos e começamos a olhar um ao outro. Pelo brilho do seu olhar, eu pude perceber que para ele, aquele beijo foi incrível também.

Sábado de manhã, acordei as 07h00min. Eu estava alegre e muito feliz. Acordei pensando no Felipe e no selinho roubado que ele me deu ontem. Levantei e fui tomar o meu banho matinal, depois coloquei uma bermuda e uma regata e fui tomar café. Meu pai que ainda não tinha saído pro trabalho, logo estranhou.
- de pé a essa hora?
-sim pai, quero aproveitar mais o meu dia.
- seus amigos vêm hoje?
- não sei talvez o Lipe. Mãe, você vai sair?
- sim, to esperando a Laura vir aqui pra irmos juntas na loja. Volto depois do almoço. Tem comida na geladeira, só esquentar.
Ao servir meu suco de laranja, escuto o interfone tocar, sai correndo pra ver quem era com a esperança de ser o Felipe. Meu coração disparou ao ouvir a voz dele, abri o portão e pedi para que ele entrasse.
- quem é filho?
- Lipe pai.
-chegou cedo pro café da manhã.
- Arthur, deixa o guri...
- to só brincando mulher.
Deixei os dois conversando e fui recepcionar o Felipe na porta da sala. Para a minha surpresa, ele estava acompanhado com uma linda mulher, aparentando uns 40 anos com corpão de 30. Logo notei que era a sua mãe, pois havia muitas semelhanças entre os dois. Ela é alta, branca, de cabelos pretos e olhos azuis. Muito bonita ela.
- Thalles, essa é a minha mãe, Laura.
Estendi a minha mão e a cumprimentei.
- Prazer Thalles. Você não me disse que tinha uma mãe muito bonita Lipe. Perai. A senhora não é a sócia da minha mãe?
- sou sim, tudo bom? Você também é muito bonito. A Cecília ta ai?
- ta sim. Entrem.
Andamos em direção a cozinha e logo avisei a minha mãe a presença da Laura.
- mãe, olha que ta aqui.
- Oi Laura, tudo bom? Toma café com a gente?
- não, já tomei em casa. Obrigada.
- mãe, a senhora sabia que ela é mãe do Lipe?
- eu sabia que ela tem dois filhos, mas não sabia que era o Felipe. E o seu outro filho Laura, não quis vir aqui ficar com os meninos?
- o Lucas resolveu dormir ate mais tarde.
- bom, o papo aqui ta bom, mas eu preciso ir trabalhar.
- também estamos indo Arthur. Vamos Laura?
- vamos sim.

- Thalles, vem fechar o portão – ordenou meu pai.
Eu e o Felipe acompanhamos meus pais e a Laura até o portão.
- comportem-se meninos. Thalles, qualquer coisa me liga.
- ta bom mãe.
Após saírem, tranquei o portão. Olhei para trás e vi Felipe com um sorrisinho malicioso no rosto.
- então quer dizer que estamos sozinhos? – dizia ele já com malicia.
-vai com calma Cowboy.
Entramos em casa e fomos direto para o meu quarto. Coloquei uma musica no PC e sentamos na cama para conversar.
-Lipe, por que você não me disse que a sua mãe era a sócia da minha?
- por que eu não sabia. Eu disse que vinha na sua casa que era aqui perto. Ela me ofereceu carona dizendo que viria pra essa região. Quando eu disse que era aqui a sua casa ela disse que era aqui a casa da sócia dela. Ai que fui descobrir.
- meu Deus que coincidência.
- mas diz ai, gostou da sua sogra?
- Sogra? - Fiquei mais branco do que eu já só na hora – como assim?
Felipe, agora envergonhado e olhando para baixo dizia.
- ah, achei que depois, você sabe, do beijo de ontem, nos poderíamos namorar.
- Lipe, eu gosto de você. Gostei muito daquele beijo.
Antes mesmo de eu continuar a falar, Felipe me roubou outro beijo. Dessa vez o beijo foi mais demorado, mais intenso e confesso, muito mais gostoso do que os beijos da Yasmin. Nossas línguas se encontravam e às vezes eu mordiscava os seus lábios, fazendo-o soltar vários suspiros. Como era maravilhoso aquele beijo. Depois de um tempo se beijando, paramos e começamos a olhar um ao outro. Pelo brilho do seu olhar, eu pude perceber que para ele, aquele beijo foi incrível também.

- o que você dizia Thalles?
- que esse foi o melhor beijo da minha vida.
- tem muito mais da onde saiu esse, é só você querer gatinho.
- Lipe, eu estou gostando muito de você, só não estou preparado ainda para namorar.
- relaxa Thalles, ninguém precisa ficar sabendo por enquanto. Nós só vamos namorar escondido. Ou você não quer?
- me da um tempo para pensar?
- entendo então você não gosta de mim, assim como eu gosto de você né?
- isso responde a sua pergunta?
Sem pensar, puxei-o e comecei a beijá-lo. Claro que ele estava surpreso com a minha atitude, eu também estava, mas no momento era aquilo que eu queria: sentir os lábios dele tocando os meus. Como beijar ele é tão bom.
- eu quero muito você Lipe. Só te peço paciência comigo gatinho.
- tudo bem Thalles, eu sei esperar.
Passamos o dia inteiro se beijando e conversando. Quanto mais tempo eu passava com ele, mais eu me apaixonava por ele. No final da tarde as nossas mães chegaram e ele foi embora com a mãe dele, mas passamos a noite conversando pelo MSN.
No domingo não podíamos nos encontrar, mas meu celular a cada dez minutos anunciava uma nova mensagem dele.
Na segunda, nos encontramos no colégio. Como era difícil olhar para o Felipe e não poder beijá-lo. Sentia pelo seu olhar que ele sentia o mesmo. No intervalo, estávamos reunidos na lanchonete do colégio, quando vejo um rapaz se aproximar e chamar o Felipe.
-Lipe, paga um refri pra mim?
Como em um coro, as gêmeas logo cumprimentaram o rapaz.
- Raffa. Como você está?
- oi meninas, eu estou ótimo e com muita saudade de vocês.
O rapaz cumprimentou o Jefferson e o Vinicius e depois olhou para mim. Felipe fez as apresentações.

- esse é o Thalles, grande amigo nosso, ta estudando com a gente. E Thalles, esse é o Raffael, amigão nosso, estudou com a gente bastante tempo. – nos cumprimentamos e Felipe continuou. – e você, por que sumiu Raffa?
- tava viajando com o meu pai Lipe. Mas agora estou aqui de novo, pena que não ficamos na mesma sala.

- a Velho, pede transferência. Nossa sala não tem muita gente mesmo. – sugeriu Vinicius.
- eu tentei mano, mas me disseram que não era possível, mas pediram pra mim aguardar alguns dias e tentar de novo.
Ficamos conversando um pouco e o Raffa pareceu ser uma pessoa legal. Brincalhão e extrovertido, mostrou que ninguém consegue ficar perto dele triste e desanimado. Ele realmente era a alegria do grupo. Depois de um tempo conversando, o sinal toca e todos vão para a sala, no caminho o Raffa da Idéia de fazer uma festa na casa dele na terça de carnaval que seria na próxima semana, claro que todos apoiaram.
A aula ocorreu bem, após o termino, nos despedimos e fui para o carro onde a minha mãe já aguardava. Chegamos em casa e minha mãe foi apresentar a Maria, nossa nova empregada. Conversei um pouco com a Maria enquanto ela terminava de arrumar as coisas pro nosso almoço. Almoçamos normal e o dia passou rápido, assim como a semana toda também passou.
Chegou o sábado. A loja da minha mãe e da mãe do Felipe ia inaugurar aquela noite, e por conta dos preparativos ela ia passar quase o dia inteiro fora. Acordei as nove da manhã e desci para tomar café. A Maria que já havia percebido que eu estava me aproximando, parou de lavar louça e foi ate a geladeira pegar o meu suco.
- bom dia senhor Thalles.
- bom dia Maria. Maria, pode me chamar só de Thalles.
- ta bom Thalles, quer mais alguma coisa?
- pode deixar, eu faço o resto. – ouvi um barulho de alguém tomando banho de piscina em casa. – tem alguém na piscina Maria?
- tem sim, meu filho Thiago, ele resolveu me acompanhar hoje. A uns dias ele vem dizendo que queria conhecer meu serviço, e como eu comentei que minha patroa tinha um filho, ele quis conhecer também. Sua mãe disse que ele podia tomar banho de piscina. Tudo bem né?

- claro. Ele pode ficar a vontade. Vou terminar de tomar meu café e quem sabe ate me animo também a tomar banho de piscina e faço companhia pra ele.
Tomei o meu café e fui até a área de lazer para conhecer o filho da Maria. Eu pensava que ele era uma criança ou um garoto mais novo, mas me surpreendi quando vi que aquele garoto devia ter a minha idade. Não vou negar que ele era lindo, um corpo escultural e perfeito. Ao me olhar, ele ficou com vergonha e foi se desculpando.
- desculpa, eu só tava tomando um pouco banho de piscina, mas já estou saindo.
- não precisa não, ta de boas. Meu nome é Thalles.
- opa, Thiago.
- fica a vontade ai, daqui a pouco eu vou descer pra tomar banho de piscina também.
- beleza, eu vou ficar por aqui.
Subi ate o meu quarto e liguei para o Felipe, eu já estava com saudades dele.
- oi Lipe, te acordei?
- não gatinho, acordei mais cedo hoje. Eu e meu irmão estamos dando uma geral na casa, a empregada ta doente e não veio ontem e nem hoje.
- então você não vai vir aqui hoje?
- não vai da Thalles, a tarde eu ainda tenho q sair com o meu irmão. Vamos comprar roupas novas pra inauguração hoje. Nos vemos lá?
- claro, não perco esse evento por nada. Lipe, lá eu queria te pedir uma coisa.
- o que?
- a noite conversamos. Beijos
- ta bom. Beijos.

Coloquei a minha sunga e fui tomar banho de piscina com o Thiago. Passamos a manhã inteira banhando e conversando. Thiago é ate interessante, gostava de conversar com ele. Eu não podia parar de reparar na beleza dele e no corpo bem definido dele. Mesmo assim, a imagem do Felipe não saia da minha cabeça. Esse sim realmente soube me dominar. Depois de um tempo ali, conversando, percebi que o Thiago me olhava de um jeito estranho. Pensei varias vezes que ele podia ter notado que eu o observava de um jeito diferente ou desconfiado de algo. Impressionante como nós ficamos paranóicos com essa desconfiança quando começamos a ficar com uma pessoa do mesmo sexo. Na nossa cabeça, parece que todos a nossa volta desconfiam. Antes de eu poder tirar a minha duvida em relação aos olhares do Thiago, a Maria surge na área de lazer o chamando para ir embora. Aos sábados ela trabalha somente até o meio dia.
Os dois foram embora e eu fui para o meu quarto. Larguei a toalha molhada no canto do quarto e fui para o meu banheiro tomar outro banho. Terminei, desci para almoçar. Quando eu estava terminando de almoçar, minha mãe chega toda alegre comentando os preparativos e como seria a noite. Conversamos um pouco e depois fui para o meu quarto e dormi quase a tarde inteira. Quando acordei, vi no meu celular sete mensagens do Felipe, cinco era ele curioso pra saber o que eu queria e duas dizendo que estava com saudades de mim.
Já era quase seis da tarde e eu resolvi tomar banho e me arrumar. A loja ia inaugurar as sete da noite e nos deveríamos estar la antes de ela inaugurar. Vesti uma calça jeans, uma camiseta gola V branca e um tênis. Tomei banho de perfume egeo – o meu favorito – e desci para encontrar meu pai que já estava na sala me esperando.
- eita, vai casar?
- quem sabe né pai. – revirei os meus olhos e arranquei sorrisos dele.
- vamos logo seu bobo, não quero me atrasar.
- cadê a mãe?
- já foi na frente com a Laura. Precisavam ir antes.

Saímos de casa e depois de vinte minutos chegamos à loja. Faltavam quinze minutos para a inauguração e já havia muita gente na frente esperando ela abrir. A loja é de roupas. Então, a maioria do publico alvo eram mulheres e havia muitos jornalistas para cobrir o evento. Sem duvida a loja seria um sucesso. Ao entrar, cumprimentamos a minha mãe e a Laura, e depois dei um longo abraço no Felipe, arrancando risos do irmão dele.
- o que você ta rindo pirralho? – disse Felipe em um tom bravo
- que cena mais gay.
- ah Lipe, isso é ciúmes. – pra não dar muito na cara, abracei o irmão dele também, arrancando risos dos nossos pais e do Felipe.
A inauguração ocorreu bem e a festa continuou. No meio da festa, eu chamei o Felipe para ir comigo a um lugar mais afastado. Saímos dali e fomos para uma pracinha que ficava ali perto e estava pouca iluminada e vazia. Felipe estava mais lindo ainda do que nos outros dias, ele estava de calça jeans e camiseta pólo vermelha que lhe caia muito bem. Realçava a sua beleza. Mas o que mais me encantava nele era o seu sorriso. Como um simples sorriso dele tinha o poder de me dar uma sensação incrível e me deixava cada vez mais apaixonado por ele. Chegando à pracinha, ele me deu um selinho rápido e sorriu mais uma vez pra mim.

- então Thalles, o que foi?
- calma ta com pressa? Não quer conversar comigo um pouco longe daquela bagunça?
- sim, claro. – ele já havia percebido que eu queria algo. – mas eu to curioso sobre aquele assunto. O que era?
- curte o momento rapaz.
Ficamos um tempo sentados em um banco e olhando um para o outro em silencio. Depois de um tempo, resolvi falar algo.
-Lipe, eu queria te pedir algo.
- sim, pode pedir.
- quer namorar comigo?
Felipe se surpreendeu com a minha pergunta, mas o espanto foi substituído por uma alegria incrível e radiante, que ele não se preocupava em esconder.
- claro que sim Thalles, é tudo o que eu mais quero.
Sem dizer mais nada começamos um novo e longo beijo. Esquecemos por um momento onde estávamos e do perigo que corríamos ali nos beijando. As poucas pessoas que passavam por nós, nos olhavam feio, mas como estávamos felizes demais, não nos preocupamos e continuamos nos beijando, mas uma voz conhecida nos assustou e nos separamos rapidamente.
- Felipe, o que é isso?

 
Aquele dia, após de deitar para relaxar depois do almoço, eu acordei as 16h00min. Impressionante como aquele primeiro dia de aula tinha me deixado mais disposto, mais feliz. Aquela magoa e rancor que eu alimentava todos os dias por causa da traição de Yasmin, agora perdia as forças e aos poucos sumiam num passado que eu já fazia questão de esquecer. Levantei-me e fui até a janela do meu quarto, que fica no primeiro andar da casa. Avistei o clima daquele fim de tarde, devido ao horário de verão, o sol demoraria um pouco para se retirar. Ao olhar para baixo, vi a piscina, com as suas águas limpas, me convidando para entrar nela. Tirei a minha roupa, e pelado, em frente ao espelho pensei – preciso voltar para a academia. – eu tinha o corpo definido e malhado, mas desde o final do ano passado que eu não ia a academia, ou seja, três meses de sedentarismo, e um sinal de barriguinha começava a aparecer. Fui ao guarda roupa, vesti a minha sunga e com a toalha no meu ombro desci para a piscina. Ao passar pela cozinha, notei que a minha mãe fazia um bolo.
- filho, antes de você tomar banho, vai no mercado pra mãe?
- ah mãe, precisa ser agora?
- sim, eu quero fazer um bolo que vi receita nova, mas acabou o leite.
- mas mãe...
- larga de preguiça, o mercado fica a duas quadras daqui,vai rapidinho depois você toma banho.
Voltei ao meu quarto, vesti um short jeans, uma regata branca e um tênis e fui ao supermercado. Aproveitaria que já estava lá para comprar chocolates. Adoro chocolate. Enquanto estava com duas barras na minha mão, decidindo qual das duas eu levaria, escutei alguém atrás de mim puxando conversa.
- assim você vai engordar.
- Felipe?! – eu já não conseguia conter o meu espanto e meu sorriso – pode ficar tranqüilo, depois eu me mato na academia...
- mora aqui perto Thalles?
- moro a duas quadras daqui e você?
- quase aqui na frente do supermercado.

Aquele dia, após de deitar para relaxar depois do almoço, eu acordei as 16h00min. Impressionante como aquele primeiro dia de aula tinha me deixado mais disposto, mais feliz. Aquela magoa e rancor que eu alimentava todos os dias por causa da traição de Yasmin, agora perdia as forças e aos poucos sumiam num passado que eu já fazia questão de esquecer. Levantei-me e fui até a janela do meu quarto, que fica no primeiro andar da casa. Avistei o clima daquele fim de tarde, devido ao horário de verão, o sol demoraria um pouco para se retirar. Ao olhar para baixo, vi a piscina, com as suas águas limpas, me convidando para entrar nela. Tirei a minha roupa, e pelado, em frente ao espelho pensei – preciso voltar para a academia. – eu tinha o corpo definido e malhado, mas desde o final do ano passado que eu não ia a academia, ou seja, três meses de sedentarismo, e um sinal de barriguinha começava a aparecer. Fui ao guarda roupa, vesti a minha sunga e com a toalha no meu ombro desci para a piscina. Ao passar pela cozinha, notei que a minha mãe fazia um bolo.
- filho, antes de você tomar banho, vai no mercado pra mãe?
- ah mãe, precisa ser agora?
- sim, eu quero fazer um bolo que vi receita nova, mas acabou o leite.
- mas mãe...
- larga de preguiça, o mercado fica a duas quadras daqui,vai rapidinho depois você toma banho.
Voltei ao meu quarto, vesti um short jeans, uma regata branca e um tênis e fui ao supermercado. Aproveitaria que já estava lá para comprar chocolates. Adoro chocolate. Enquanto estava com duas barras na minha mão, decidindo qual das duas eu levaria, escutei alguém atrás de mim puxando conversa.
- assim você vai engordar.
- Felipe?! – eu já não conseguia conter o meu espanto e meu sorriso – pode ficar tranqüilo, depois eu me mato na academia...
- mora aqui perto Thalles?
- moro a duas quadras daqui e você?
- quase aqui na frente do supermercado.

- ah, legal. Bom conhecer alguém jovem aqui por perto, quase não tenho vizinhos.
- agora tem um amigo. Qualquer dia desses eu passo na sua casa pra gente conversar.
- não quer ir la agora? Pra gente conversar...
- não vai dar, eu tenho que ajudar a minha mãe. Ela ta montando uma loja de roupas e eu to ajudando ela a terminar de organizar.
- tudo bem, fica para a próxima – eu disse já com um sorriso sem graça.
Já estávamos no caixa, chegou a vez dele. Passou as suas compras e após pega-las, ele olhou pra mim e se despediu.
- nos vemos amanhã na escola?
- sim, amanhã eu estarei lá.
Fiquei pensando na frustração que eu senti quando ele recusou meu convite. Será que eu fui muito apressado em já o chamar ele pra ir na minha casa e ele estranhou esse convite, ou será mesmo que ele ia ajudar a mãe dele? Será que ele desconfiou que eu estava afim dele? Logo uma duvida maior ainda tomou conta de mim. Eu estou afim dele? Meus pensamentos só se cessaram quando percebi que já estava em frente ao portão de casa. Preferi não pensar mais nisso, apenas entreguei o leite para a minha mãe e fui tomar banho de piscina. Sai da piscina já era a noite, com os gritos da minha mãe mandando eu tomar banho para ir jantar. Meu pai estava chegando do trabalho com um sorriso no rosto.
- já inaugurou a piscina?
- sim, mas falta companhia.
- logo ela vai ta cheia de amigos seus que eu sei.

Não pude evitar a lembrança do Felipe recusando o meu convite e a duvida logo começou a tomar conta de mim novamente. Entrei calado pra dentro de casa e fui direto pro meu quarto. Tomei meu banho, desci para a cozinha e eu e meus pais jantamos normalmente. Meu pai contava como foi o serviço dele e minha mãe nos informou que uma amiga, que ta abrindo uma loja de roupas para festas a chamou para fazer sociedade. Logo meu pai decidiu que estava na hora de contratar uma empregada. Após o jantar, subi para o meu quarto e liguei o meu computador. Fiz a seqüência MSN – Orkut – Windows media player. Enquanto escutava as minhas musicas preferidas, fui mexer no meu Orkut. La tinha convite dos meus novos amigos: Carol, Isa, Jefferson, Vinicius e é claro, do Felipe. O que me chamou mais a atenção foi o depoimento que recebi do Felipe com o MSN dele. Não demorei muito e já o adicionei e em menos de cinco minutos ele já estava online.
- Oie Thalles, tudo bom?
- tudo e você?
- estou bem também. Acabei de chegar do centro com a minha mãe.
- ah, legal. Muita correria lá?
- sim, da muito trabalho. Lembra que a tarde você me chamou pra ir ai na sua casa?
- sim. – nesse momento meu coração começou a disparar.
- então, posso ir ai agora? Pra gente conversar mais de boas.
- claro, desce aqui, vou te esperar.
Fechei meu MSN, desliguei o meu PC e fui esperar ele no portão. Depois de dez minutos ele aparece.
- entra ai Felipe.
Apresentei Felipe aos meus pais e logo fomos sentar em umas espreguiçadeiras em frente a piscina. Aquela noite, apesar do calor, o clima estava ótimo para ficar la fora conversando. Ele me contava coisas sobre o colégio, me falava mais sobre os nossos amigos e um pouco sobre ele. Eu estava adorando a conversa e a cada minuto que olhava nos seus olhos eu me sentia hipnotizado com seu olhar e a sua beleza. Mas como tudo que é bom dura pouco, nossa conversa foi atrapalhada pelo meu pai.

- meninos, eu sei que a conversa ai ta legal, mas já esta tarde filho e amanhã os dois tem que estar cedo na aula.
Felipe se despediu dos meus pais e fomos os dois caminhando até o portão. Combinamos de nos encontrar amanhã no colégio e ele veio se despedir de mim. Mas diferente das outras vezes, ao invés de um aperto de mão, ele me deu um longo abraço seguido de um lindo sorriso.
- então até amanhã né Thalles.
- até amanhã Felipe.
- pode me chamar de Lipe, já somos amigos.
Acenei com a cabeça e depois vi ele indo embora. Subi para o meu quarto e depois de outro longo banho, eu fui deitar para dormir. Antes de pegar no sono, eu pensava em como foi o meu dia. Não acreditava que apenas no meu primeiro dia de aula eu já tinha arrumado amigos e ficava mais feliz ainda quando eu se lembrava do Felipe e a conversa legal que tive com ele essa noite. De repente senti o meu corpo arrepiar ao lembrar-se do gostoso abraço dele. Assim adormeci feliz.
Assim os dias foram passando e a minha amizade com meus amigos ia só aumentando. Felipe já ia todos os dias na minha casa e nos tornamos grandes amigos inseparáveis. Claro que a nossa intimidade também aumentava e a cada dia eu me sentia mais atraído por ele. Na sexta, depois da aula, combinamos todos de ir la pra minha casa tomar banho de piscina e conversar. Meu pai estava trabalhando e minha mãe na loja ajudando a nova sócia dela a organizar a loja para a inauguração, e a empregada só começava na segunda feira, Ou seja, a casa tava liberada.
Conversa vai, conversa vem, depois de um tempo banhando e conversando, os dois casais já estavam do outro lado da piscina se agarrando. Sai da piscina e olhei em direção ao Felipe.
- Lipe, vou até a cozinha beber alguma coisa que não seja água de piscina.
- eu também vou – disse Felipe aos risos.
Chegando na cozinha, vi que o Felipe estava silencioso, com a cabeça baixa, como se estivesse querendo me contar algo, mas estava com medo de dizer. Resolvi quebrar aquele silencio.

- o que foi? Quer dizer alguma coisa?
- acho que sim, só não sei como.
- pode falar, somos amigos, pode contar comigo.
- Thalles, você já teve algum amigo gay?
Aquela pergunta me pegou de surpresa.
- não. Mas também não tenho nada contra. Por quê?
- eu sempre gostei de mulher, mas há uns dias eu venho notado que estou sentindo atração por um rapaz. Na verdade, comecei a sentir isso depois que te conheci, desde o primeiro dia de aula. Não sei explicar ao certo o que eu estou sentindo, só sei que eu não consigo mais te esquecer. Toda hora eu fico pensando em você. Acho que eu estou apaixonado por ti.
A todo momento quando ele me revelava aquilo, ele não tinha coragem de me olhar nos olhos, sua cabeça estava baixa e eu sentia que ele estava com muito medo. Eu não estava acreditando no que eu estava escutando, um misto de felicidade e medo tomava conta de mim. Eu estava paralisado, não sabia o que dizer, pra mim tudo aquilo era novo, embora eu estava sentindo a mesma coisa que o Felipe disse para mim, eu estava sem saber o que fazer.
- me desculpa Thalles, não devia ter dito essas coisas, não me leve a mal, é melhor eu ir embora.
- espera Lipe. Não vai embora, eu , eu – comecei a gaguejar e fui salvo pelo Jefferson que entrava distraído pela porta da cozinha.
- ah vocês estão ai dentro, vim pegar água pra meninas Thalles, posso?

- cla, claro, pode pegar ai na geladeira, os copos estão na primeira porta ai do armário.
- o que vocês estão fazendo aqui? Não vão voltar?
- Claro, vamos sim. Vamos Lipe? – eu disse querendo fugir um pouco daquele assunto.
- vamos sim. – disse Felipe com a voz um pouco triste.

O resto da tarde foi um pouco foi normal. Alguns momentos estávamos alegres, rindo muito das palhaçadas do Jefferson e da voz desafinada do Vinicius tentando cantar as musicas em inglês que estávamos escutando. Alguns momentos também o silencio predominava. Ao olhar para Felipe, vi que ele me observava muito como se tentasse ler meus pensamentos que era obvio de deduzir. Não conseguia em nenhum momento esquecer aquelas palavras dele. No começo da noite todos estavam indo embora, ficando apenas eu e o Felipe, mas ele logo se apressou para ir embora também.
- é, então eu vou embora – disse Felipe com a cabeça baixa caminhando em direção a rua.
- espera Lipe. – ele me olhou assustado. – não sei exatamente como dizer. Não vou negar que ultimamente eu estou sentindo a mesma coisa por você. – logo um sorriso brotou nos lábios dele – mas Lipe, isso pra mim ainda é novo e eu estou com medo, não sei o que eu estou sentindo.
- isso é algo que podemos descobrir juntos Thalles.
- pode ser que sim. Não sei. Mas me da um tempo para dissolver esse sentimento, acho que vai ser melhor para os dois.
- concordo. Eu espero o tempo que for.
- então até amanhã né?
- amanhã é sábado, não tem aula Thalles.
- eu sei disso – disse com um sorriso no rosto.
- então até amanhã, disse Felipe chegando ate perto de mim, achei que ele ia me dar um abraço, mas para a minha surpresa, ele me roubou um selinho e foi embora todo sorridente e eu fiquei todo bobo e feliz encostado no portão vendo ele se afastar.